Cerca de 600 detentos da Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, mais conhecida como presídio do Roger, em João Pessoa, estão sem comer há três dias.
De acordo com os agentes penitenciários da unidade, os presidiários reivindicam a saída do diretor de um outro presídio da capital e o fim das restrições à entrada de alimentos no presídio. Alguns detentos estão proibindo a entrada dos familiares, mas de acordo com o secretário de Administração Penitenciária , Harrison Targino, as visitas deste domingo não estão suspensas.
O agente Petrucio Oliveira disse que na noite do sábado (27) houve um princípio de tumulto no local. “Já foi motivado pela articulação dos presidiários que estão sem comer”, explicou. Ele ainda disse que o tumulto foi controlado na mesma noite.
No início, os detentos reivindicavam a saída do diretor do presídio Romeu Gonçalves Abrantes, o PB-I, o capitão da Polícia Militar Sérgio Fonseca de Souza. Mas na noite do sábado os agentes explicaram aos grevistas que o diretor estava cumprindo as determinações do Conselho Penitenciário, que restringem a entrada de alguns tipos de alimentos na penitenciária.
Eles então desistiram de pedir a saída de Sérgio Souza, mas mantiveram a reivindicação da liberação na entrada de alimentos como pizza e sanduíches na unidade prisional. O capitão Sérgio foi nomeado o novo diretor da penitenciária no dia 12 de agosto. Antes, o cargo era ocupado por João Carlos de Albuquerque.
O diretor do presídio do Roger, Josenildo Porto, disse que não estava autorizado a falar e que apenas a assessoria de imprensa da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (Seap) poderia se pronunciar sobre o caso.
O secretário Harrison Targino, da Administração Penitenciária, disse que não está faltando comida nos presídios da Paraíba e que o fornecimento de alimento segue dentro da normalidade. Ele afirmou ainda que não vai consultar os detentos no momento de escolher os diretores das penitenciárias. "Isso não é uma escola que a gente precisa consultar os alunos e os pais na hora de eleger um diretor".
Facção criminosa
De acordo com o secretário, a greve de fome está sendo comandanda por chefes de uma facção criminosa. “Os chefes estão mandando os detentos não se alimentarem. Casos eles comam os chefes estão ameaçando surrá-los ou fazer coisas piores. Mas o movimento está perdendo força". Segundo o Harrison Targino, no sábado (27) um detento do Roger que estava intimidando os outros presos acabou sendo transferido.
G1PB
Se morressem todos os bandidos não faz falta nenhuma, a sociedade agradece.
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