Será nesta aprazível pousada com jeito de estação de trem que estará, Tião Lucena e seus amigos, lançando o livro "Peste e Cobiça" em Bananeiras, dia 13, a partir das 20 horas.
A Pousada da Estação, como é chamada, abrigará convidados de Bananeiras e da vizinhança, também de João Pessoa como Odon Bezerra, Durval Lira e Célio Alves, de Guarabira capitaneados por Alexandre Moca e Robério Arnaud, de Monteiro com Fred Menezes e Geordie Filho e do Ingá do meu considerado Vavá da Luz. Murilo Barreto, dono da Pousada, manda dizer que por lá está tudo organizado. Veja o bilhete dele:
"Caro Tião, esta tudo pronto para o lançamento do seu livro “ Peste e Cobiça “ aqui em Bananeiras, mais precisamente na Pousada da Estação no dia 13 de Agosto. A prefeita Marta Ramalho juntamente com esposo Ramalho Leite, já providenciaram um coquetel de boas vindas aos convidados. O evento será abrilhantado pelo nosso estimado violonista de 07 cordas, o musico Elpidio, gentilmente ofertado na programação pelo vereador Edgard Santa Cruz, “Presidente da Câmara de Vereadores”. Após a sessão de autógrafos, em seguida teremos uma noite descontraída no Restaurante da Pousada com musica ao vivo.
Um abraço,
Murilo Barreto".
Por Ramalho Leite
Murilo Barreto".
O Tião da peste
Por Ramalho Leite
Fui convidado por Tião Lucena para fazer uma rápida apresentação do seu livro, Peste e Cobiça, perante o público que deverá acudir ao convite da Pousada da Estação, em Bananeiras, onde ocorrerá noite de autógrafos da sua obra. Para me desincumbir da missão mergulhei na cidade de Princesa do início do século vinte e fui me deliciando com os personagens: o coronel, o juiz, o promotor, o vigário e o delegado que servia a todos eles. Prefeito não tinha, pois, ainda Vila, facultava ao Coronel acumular a função, inclusive, por que “tinha dinheiro e vontade de ganhar mais” e não permitiria jamais dividir seu poder com quem quer que fosse. Os jagunços estavam ali para garantir isso.
Enquanto o poder local girava em torno dessas autoridades maiores, a Vila era dizimada pela peste bubônica sem cura e sem remédio que minorasse o sofrimento de quem morria “vomitando sangue e cagando podre”.
Nesse cenário, a chegada de um médico funcionaria como um presente divino. Seria ele entronizado em um altar se não ousasse casar com uma jovem da sociedade local que para todos era “ver com os olhos e lamber com a testa”, menos para o delegado que pretendia fazer dela sua esposa, mas encontrou uma barreira na vontade do pai da moça.. Entre o delegado e o médico, preferiu o ultimo para genro.
Jurando vingança, o delegado nunca se rendeu ã humilhação de ser preterido.Com a cumplicidade do padre, cuja missão era “agradar o poder terreno com desvelo celestial” passou a costurar sua vingança.
Acostumado a ler as irreverências de Tião “Medonho” no seu blog com milhões de visitantes, surpreendi-me com a narrativa e a inventiva com que presenteia seus leitores.Sem perder o jeito do repórter que sempre foi, o escritor mistura fatos verdadeiros com outros produzidos pela sua mente, dentro do critério proclamado na sua página virtual: “eu aumento mas não amamento”. É importante ressaltar que no livro o autor não abandona a linguagem aberta e verdadeira que conquistou adeptos através da internet. Não há subterfúgios ou metáforas. Por vezes exagera, como ao descrever as indulgências ou as delícias do paraíso oferecidas pelo pároco aos que acatassem o aumento de cem por cento do dízimo da sua igreja. A forma de dizer, porém, reveste a narrativa de um toque de humor inofensivo que nem a instituição vai reclamar.
Convém lembrar que, como contraponto à ausência de moral do Padre Pita, antes Princesa recebera as bênçãos e os benefícios da caridade de Padre Ibiapina que na seca de 77 aportou na vila e ouviu de um cristão à morte: “Filho, conte seus pecados/Padre eu quero comer”… e morreu!
O poder do coronel Jobilino está assim constituído: “mandava e desmandava,fazia e desfazia,casava e batizava,matava e mandava enterrar,desmanchava casamento e consolava viúvas.Desde o século 19 tomara conta de Princesa e debaixo do seu chicote todos pediam a benção.Quem mijasse fora do caco tomava o bonde errado para o resto da vida.”
Uma história de poder sem limites, amor não correspondido e outros correspondidos demais,vingança desmedida e outra frustrada pela astúcia, cujo final eu não conto, pois se eu contar aqui, Tião vai deixar de vender o livro.
Com informações do Blog Tião Lucena
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