O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba está prestes a abrir um precedente perigosíssimo na política paraibana.
Um precedente que atende pelo nome de “proporcionalidade” e pode, simplesmente, legalizar o uso de verba pública nas campanhas eleitorais.
É o que se pode deduzir até agora das sinalizações que alguns juristas já levantaram quanto à potencialidade do uso de R$ 50 mil da Saúde em favor da campanha de Veneziano.
Nos bastidores, há quem diga que os demais juízes do TRE, discordando do voto do relator, poderão concordar com a acusação de ilicitude, mas discordar da pena de cassação, alegando que R$ 50 mil não seriam suficientes para desequilibrar o pleito em Campina Grande.
O próprio juiz Márcio Accioly, ao antecipar o pedido de vistas, antecipou que não tinha clareza quanto à proporcionalidade do ilícito apontado pelo relator do processo, o juiz João Batista.
Ou seja, o TRE paraibano poderá suscitar o entendimento de que Veneziano errou, mas o erro não interferiu no pleito ao ponto de modificá-lo em favor do “Cabeludo”. E que a pena de cassação seria muito grave.
Em outras palavras, o TRE institucionalizaria o uso da verba pública na campanha. Algo como: “Você pode usar até 50 mil de verba pública na campanha que não tem problema”.
Ao fazer isso, o Tribunal estaria, diretamente, criando uma espécie de tabela com limites para o uso de verba pública na campanha sem risco de cassação para o eleito.
É melhor que o TRE, ao absolver Veneziano, faça na origem, dizendo que não houve ilegalidade alguma. Acatar a ilegalidade e adotar a o princípio da proporcionalidade é criar um novo sistema eleitoral.
Imagine, nas eleições de 2012, se o prefeito Luciano Agra se sentir autorizado a usar, proporcionalmente, R$ 100 mil da prefeitura de João Pessoa, que tem o dobro de habitantes? Imagine em Santa Rita o prefeito Marcos Odilon poder usar, proporcionalmente, verba da prefeitura pra eleger o sucessor de forma legalizada? “Ah, vou usar R$ 25 mil da prefeitura na campanha porque Campina Grande usou R$ 50 mil e o TRE deixou..”
Tudo com a devida e formal autorização do TRE paraibano, que criaria uma jurisprudência jamais vista na história da política brasileira: a jurisprudência da corrupção legalizada.
Uma jurisprudência pra ficar nos anais do Judiciário Brasileiro.
Luís Tôrres
Portal Bananeiras Online
ooopa! com esta grana voando, dos trés. quem será o felizardo? Ramon,Doglas ou Edigar.
ResponderExcluirAgora f#$%! se já usam sem ser legal, agora legalizando é que eles vão fazer a festa. Enquanto isso a precariedade nos setores de educação e saúde é que preocupa aqueles que necessitam dos mesmos.
ResponderExcluirMINHA INDGNAÇÃO:
ResponderExcluirAE TÁ CERTO A JUSTIÇA FAVORECE AOS POLÍTICOS CORRUPTOS E DIRÁ AGORA, VÃO PINTAR E BORDAR COM O DINHEIRO DE NOSSOS IMPOSTOS.