Ao localizar alguém em um estádio seria possível identificar se aquela pessoa praticou ou não um crime.
Desde o ano passado, a Secretaria de Segurança Pública do Rio testa o Sistema de Comando Central de Informação Virtual. O programa elaborado pelo FBI, a polícia federal americana, permite que polícias troquem informações sobre criminosos aumentando assim a vigilância sobre pessoas que frequentam locais públicos. A informação foi confirmada pelo cônsul dos Estados Unidos no Rio, Dennis Walter Hearne, durante o seminário Segurança: O Desafio em Grandes Eventos, realizados nesta segunda-feira, na Associação Comercial do Rio.
A plataforma de comunicação é usada para integrar as principais polícias do mundo. Durante eventos públicos definidos, policiais cariocas receberam treinamento e tiveram acesso ao banco de dados de polícias de 41 países, entre elas, Japão, Rússia, a Polícia Federal brasileira, as polícias estaduais, por exemplo. Tudo sob tutela do FBI, de acordo com um policial que participou do treinamento.
O programa foi testado em três momentos em 2010: durante um jogo do campeonato brasileiro no estádio do Engenhão, no encerramento de um curso da Polícia Militar e no Réveillon, em Copacabana. Este ano, o sistema foi testado no desfile das escolas de samba no sambódromo do Rio.
De qualquer computador é possível ter acesso ao sistema através do portal do FBI. Através de uma senha, o policial pode passear pela página que não pode ser invadida por algum hacker por ser criptografada. A medida possibilita o acesso há um banco de dados ilimitado de fotos de criminosos. Assim, ao localizar alguém em um estádio seria possível identificar se aquela pessoa praticou ou não um crime.
O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, não confirmou que o sistema possibilitar a identificação de pessoas.
"Isso ainda precisa ser visto. Temos que estar de acordo com a legislação. Posso garantir que já estamos com trabalhos junto com o governo americano, assim, como com o governo espanhol e o francês através de alguns cursos", disse Beltrame.
As autoridades federais responsáveis pela segurança na Copa do Mundo, de 2014, e das Olimpíadas de 2016 defendem esta integração como ponto importante para a segurança durante os grandes eventos. Sem integração preveem problemas.
"A falta de gestão integrada é um problema muito sério. Se por um lado isso existe entre as forças de segurança nos estados, por outro lado, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional de Segurança também não atuam com integração, e também não o fazem com as polícias estaduais. Assim, acredito que integrar todos esses agentes de segurança pública é a solução, a palavra-chave para termos a segurança que queremos. Resolvendo isso, será um legado que ficará para o nosso Brasil", afirmou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Com Folha Online
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