Na semana passada, Madeleine Gauron, uma mulher de Quebec, Canadá, identificada como viável para doar órgãos depois que os médicos a diagnosticaram como “cerebralmente morta”, surpreendeu sua família e médicos quando se recuperou de um coma, abriu os olhos e começou a comer.
A mulher de 76 anos havia sido hospitalizada no Hospital Sainte Croix de Drummondville devido a uma inflamação das gengivas, que exigiu uma breve operação. Durante sua recuperação, a equipe do hospital deu à mulher idosa alimento sólido, que ela não havia tido condições de consumir no lar de sua família por algum tempo, e ficou sem atendimento. Sufocando-se na comida, ela caiu num coma, depois de uma tentativa sem êxito de ressuscitá-la.
A equipe médica fez contato com a família dela, explicando a eles que sua mãe havia tido uma “morte cerebral”, sem nenhuma esperança de recuperação. Citando os olhos de Gauron como particularmente viáveis, os médicos perguntaram se a família concordaria em doar órgãos.
Embora apoiassem a possibilidade de doação, sua família chocada primeiramente exigiu mais exames médicos para comprovar que Gauron estava realmente morta.
No dia seguinte, a família ficou perplexa ao ficar sabendo que Gauron havia despertado. Logo depois, ela se sentou na cama e comeu iogurte.
“Se tivéssemos decidido doar os órgãos dela, eles a teriam matado”, disse o filho dela.
“Não faz sentido nenhum tratar as pessoas assim. Embora tenha 76 anos e esteja doente, ela não tinha de sofrer tudo isso”, insistiu a filha dela.
Madeleine Gauron tem agora condições de comer, andar e conversar, e imediatamente reconheceu sua família. Seus filhos decidiram iniciar ação legal contra o hospital.
À medida que fatos curiosos semelhantes aos de Gauron continuam a se acumular, a “morte cerebral” como um diagnóstico legítimo de morte real está cada vez mais sendo questionada por preocupados membros de famílias e profissionais médicos, alguns dos quais acusam que o critério de “morte cerebral” foi criado simplesmente para garantir que órgãos colhidos sejam frescos.
Atualmente, mais da metade das enfermeiras das unidades de terapia intensiva na Suécia que cuidam de pacientes supostamente com morte cerebral têm dúvidas acerca dos métodos de se determinar a morte cerebral, de acordo com uma recente pesquisa de opinião pública divulgada pela Academia Sahlgrenskada Universidade de Gotemburgo.
Embora os regulamentos exijam que os médicos suecos apurem a morte cerebral por meio de exames clínicos determinados, maiores análises em conjunção com raios x cerebrais só são realizadas para pacientes selecionados.
A autora da tese, Anne Flodén, uma enfermeira diplomada e pesquisadora no Instituto de Ciências de Saúde e Cuidado, disse que o resultado do estudo é problemático, indicando a necessidade de normas claras envolvendo o processo de diagnóstico e doação de órgãos.
“Esse problema foi levantado por muitas enfermeiras de UTI em vários outros estudos”, disse Flodén. “Elas ficaram desapontados com a falta de estrutura e normas e estão pois pedindo mais apoio da administração sobre essas questões”.
Rebecca Millette do Notícias Pró-Família - Bananeiras Online
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