A onda de indicativos de greve podem atingir dentro dos próximos dias o recebimento de correspondências e as transações bancárias.
Tanto o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos da Paraíba (Sintect-PB) quanto o Sindicato dos Bancários da Paraíba acenam com possibilidade de entrarem em greve em setembro. A data prevista para posicionamento do Sintect-PB perante a greve está definida para o dia 14 de setembro, já o Sindicato dos Bancários irá se pronunciar oficialmente no dia 13 do mesmo mês.
Uma assembleia com todos os funcionários dos Correios e Telégrafos do estado foi realizada na última terça, dia 23. Nela foi aprovada a proposta de antecipar o início de uma possível greve para o dia 30 de agosto. O diretor do Sintect-PB, Marcos Roberto Silva, explicou que nesta altura a principal reivindicação da classe não é por melhores salários, mas para barrar a Medida Provisória (MP) que pretende privatizar os Correios.
“Encaminhamos para outros sindicatos a nossa proposta aprovada de antecipar a decisão de greve para o dia 30 porque no dia 31 será votada a MP 532, que prevê a privatização de setores dos Correios. É quase unânime a desaprovação dessa MP pelos companheiros”, afirmou o diretor do sindicato na Paraíba. Além da luta contra privatização dos Correios, os carteiros passam por outras dificuldades. No início do ano os funcionários dos Correios receberam um reajuste salarial abaixo da inflação e o quadro de carteiros no estado permanece o mesmo há 15 anos, mesmo com o aumento da demanda, conforme informou Roberto.
Pelo lado dos bancários, as negociações com o Federação Nacional de Bancos (Fenaban) começam no próximo dia 30 e devem se estender até o dia 13 de setembro, quando o comando do sindicato se reúne para definir se aceita os termos propostos pelo Fenaban ou entram em greve. “Nos comprometemos discutir propostas até o dia 13 do próximo mês, antes disso não entraremos e greve em respeito às negociações. Passado esse tempo posso dizer que podemos entrar em greve a qualquer momento, caso não haja acordo nenhum”, avaliou Marcos Henrique, presidente do Sindicato dos Bancários.
Por André Rezende - Jornal O Norte
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