domingo, 14 de agosto de 2011

Governo investiga queixas de pílulas afrodisíacas feitas de bebês mortos

Autoridades sanitárias da China estão investigando uma reportagem de que um hospital anônimo chinês está vendendo pílulas contendo cadáveres moídos de bebês como afrodisíaco.

Uma investigação da TV SBS da Coreia do Sul afirmou que um hospital na China vende bebês mortos e suas placentas para uma fábrica que moe os cadáveres, coloca o material em cápsulas de pílula e as vende para a Coreia do Sul. As pílulas são descritas nos meios de comunicação da Coreia do Sul como “pílulas masculinas”, ou afrodisíacas.

A equipe da TV SBS disse que comprou as pílulas e enviou uma para o Serviço Nacional de Medicina Legal da Coreia do Sul, onde se constatou que contêm material que correspondeu em 99,7 por cento ao DNA humano. De acordo com a reportagem, os especialistas encontraram pedacinhos de cabelo nas cápsulas, e conseguiram até mesmo apurar o sexo do bebê.

Mais tarde, conforme reportagem do jornal Times da Índia, notícias foram divulgadas nos meios de comunicação da Coreia do Sul de que as mesmas pílulas feitas na China haviam sido apreendidas por autoridades alfandegárias de Seoul.

A afirmação chocante levou a investigações em ambos os países para descobrir se e como tais pílulas existem.

“A alfandega da Coreia do Sul está tentando localizar compradores e vendedores”, disse uma autoridade da Embaixada da Coreia do Sul, de acordo com o Times. “As autoridades não têm nenhuma evidência até o momento que apoie a alegação do documentário, mas ingredientes humanos certamente seriam considerados ilegais na Coreia do Sul — se tal caso realmente está acontecendo”.

O serviço noticioso também disse, em sua reportagem, que o Ministério da Saúde da China expressou “grande preocupação” e disse que as autoridades sanitárias da Província de Jilin iniciariam uma investigação imediata.

Eles citaram um especialista em medicina tradicional chinesa que disse que a prescrição macabra não foi fundada na antiga arte, embora se saiba que médicos tradicionais usassem a placenta e os cordões umbilicais como ingredientes.

Embora afirmações de pílulas de bebês mortos pareçam estranhas, tal negócio não enfrentaria escassez de abastecimento na China comunista.

Ativistas de direitos humanos da China disseram que mais de 35.000 abortos, a maioria deles forçados, ocorrem diariamente num país cuja política de um filho só frequentemente pede medidas coercivas contra “gravidezes ilegais”. O índice de aborto é aproximadamente dez vezes maior do que o dos Estados Unidos.

A China pode também ter um histórico de fazer dinheiro de cadáveres humanos em outra fase da vida: autoridades da exposição “Corpos” que mostrou centenas de cadáveres chineses em 2008 não puderam apresentar provas de consentimento quando foram inquiridos pelos meios de comunicação. De acordo com as reportagens, um inspetor da técnica de preservação confessou num depoimento juramentado que “todos” os cadáveres “são corpos não retirados inicialmente recebidos pela Agência de Polícia” que eram mais tarde entregues para plastinação.

Uma atitude bizarra para com os cadáveres de bebês apareceu na arte chinesa também: o artista Xiao Yu em 2003 exibiu fotos de si mesmo comendo partes desmembradas de um bebê morto, e em 2005 defendeu sua “obra de arte” que estava sendo exibida na Suíça. Essa obra de arte consistia da cabeça de um feto ligada ao corpo de um pássaro.

Traduzido por Julio Severo 
noticiasprofamilia 
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