quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Exame confirma estupro de menina que teria sido trocada por crack na PB

Laudo foi entregue à Polícia Civil de Cajazeiras e para juiz. Pai é suspeito de entregar menina a traficante em troca de pedras de crack.
O Instituto de Medicina Legal de Patos, no Sertão paraibano, confirmou o abuso sexual sofrido por uma criança de quatro anos de idade em Cajazeiras. O crime aconteceu no dia 27 de agosto e três pessoas estão presas sob suspeita de participação no caso, entre elas o pai. A Polícia Civil recebeu denúncias de que o catador de lixo, de 46 anos, teria negociado o estupro da filha em troca de pedras de crack.

O laudo pericial foi anexado ao inquérito, sob responsabilidade da delegada da Mulher, Amim de Oliveira. O resultado do exame também foi encaminhado para o juiz Judson Kildare.

Três pessoas estão presas preventivamente: o pai, o suspeito de violentar a menina e um homem que teria acobertado as negociações.  O traficante de drogas que teria oferecido crack ao catador de lixo em troca da menina teve que ser transferido do Presídio Regional de Cajazeiras para a Colônia Penal de Sousa, por ter recebido ameaça de outros detentos.

De acordo com o delegado Antônio Luiz Barbosa Neto, que interrogou os suspeitos, depois de sofrer o abuso a menina foi abandonada na madrugada do dia 28 de agosto em um matagal no bairro dos Remédios, em Cajazeiras. Ainda no dia 28, o suspeito de violentá-la foi preso em flagrante.

O pai e o amigo dele já haviam sido ouvidos, levantando suspeitas da Polícia Civil sobre suas participações. Com base no depoimento de uma testemunha prestado 15 dias depois, o delegado pediu e obteve a prisão preventiva. "As investigações indicam que os dois novos presos são co-autores do crime", disse o delegado. Segundo Antônio Neto, os três homens negaram participação, mas teriam apresentado contradições em suas versões.

A menina está sob os cuidados do Conselho Tutelar de Cajazeiras. A mãe da criança responde a investigação por abandono de incapaz. Conforme a Polícia Civil, tanto o pai quanto a mãe seriam dependentes químicos.

Com G1 - Portal Bananeiras Online

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