Que Pato, Ganso e Neymar. A seleção brasileira deveria convocar os ministros do STF. Eles tem demonstrado que são show em passar a bola de um lado pro outro sem que ninguém possa pegá-la.
Pelo menos é o que tem feito com o recurso do ex-governador Cássio Cunha Lima.
Depois de passar um tempão com a ação cautelar em favor do tucano no STF, Joaquim Barbosa, que está licenciado, viu o presidente do Supremo repassar a “bola” pra o ministro Ricardo Lewandowisk a fim de que o processo corra mais rápido.
Hoje, Lewandowski, num passe de mágica, despachou encaminhado a ação cautelar para Barbosa, alegando que ele voltaria a partir do dia 1° de setembro e que deveria colocar tudo em votação no plenário. A ação cautelar e os agravos sobre o recurso de Cássio. Agravos estes que estão hoje com o presidente do STF para redistribuição. Mas que, certamente, também deverão retornar para a mesa do ministro mais lento do Supremo.
Os advogados do tucano levaram o drible e ficaram sem entender. Aliás, o STF tem dado um drible na celeridade de casos que já foram definidos pelo próprio Supremo. Um verdadeiro gol contra.
ENTENDA O CASO:
No STF constam dois processos referentes ao registro de Cássio. Uma ação cautelar que pede a posse imediata do tucano até desfecho definitivo do julgamento do recurso. E ainda dos agravos regimentais que contestam a decisão favorável ao recurso do tucano.
Ambos estavam sob a responsabilidade de Joaquim Barbosa, que já havia, monocraticamente, despachado em favor de Cássio. Em razão da demora no julgamento por causa das sucessivas licenças de Joaquim Barbosa, que tem problema na coluna, os advogados de Cássio pediram a redistribuição do processo alegando que Cássio estava tendo prejuízo.
César Peluzzo, presidente do STF, acatou o primeiro pedido e repassou a ação cautelar para Ricardo Lewandowski. E estava com os agravos sobre o recurso para fazer o mesmo. Hoje, Lewandowski disse que não queria a batata quente nas mãos deles.
O caso volta, então, à estaca zero.
Vale lembrar que, curiosamente, Cássio Cunha Lima espera tudo isso mesmo depois de ter uma decisão do ministro Joaquim Barbosa alegando que o ex-governador tinha autorização para tirar o registro de candidato ao Senado, ser diplomado e empossado. Autorização essa baseada na decisão do STF que anulou a validade do Ficha Limpa para as eleições de 2010.
Luís Tôrres
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